Observamos algumas das maiores rivalidades que o ciclismo profissional conheceu e descobrimos que os beligerantes nem sempre estão em equipes adversárias
Gino Bartali e Fausto Coppi
Nos anos após a guerra, Gino Bartali foi o herói italiano, amado do sul rural. Coppi era o recém-chegado urbano do norte industrial. Apesar de serem companheiros de equipe, sua rivalidade foi inflamada quando o novato Coppi venceu o Giro de 1940 à frente de seu líder de equipe. Apesar de suas diferenças, foi o idoso Bartali que ajudou Coppi a vencer seu primeiro Tour de France em 1949.
Jacques Anquetil e Raymond Poulidor
Apesar de derrotar Raymond Poulidor repetidamente no Tour, Jacques Anquetil nunca foi tão popular entre o público francês – fato que alimentou a rivalidade. Isso veio à tona em Puy de Dôme no Tour de 1964, quando eles se igualaram tacada a tacada até o ponto em que Anquetil caiu sobre a linha. Poulidor venceu a etapa mas, como sempre, foi Anquetil quem levou amarelo em Paris.
Bernard Hinault e Greg LeMond
O negócio era simples. O jovem Greg LeMond ajudaria seu líder de equipe francês Bernard Hinault a vencer seu quinto Tour em 1985, e então Hinault trabalharia para LeMond no ano seguinte. Em 1986, no entanto, Hinault apareceu para atacar seu companheiro de equipe. Hinault alegou inocência, mas LeMond foi obrigado a tratar Hinault como um rival em vez de um ajudante em seu caminho para uma primeira vitória no Tour.
Jan Ullrich e Lance Armstrong
A potência alemã Jan Ullrich, que venceu o Tour com apenas 23 anos em 1997, terminou no pódio sete vezes, mas nunca conseguiu superar Lance Armstrong quando o americano começou a vencer. A rivalidade deles foi resumida quando Armstrong virou-se para encarar Ullrich no Alpe d'Huez em 2001, antes de deixá-lo comendo poeira para conquistar a vitória no palco.